quarta-feira, 15 de abril de 2015

Irrecuperabilidades

As casas onde vivi ficaram sempre com alguma parte de mim.
A minha infância, a minha adolescência, a maternidade... são memórias que guardo associadas a essas casas. Esta espécie de apego não é ao local das casas, mas às experiências que ficaram indelevelmente marcadas nas suas paredes, a ecoar nos corredores. De bocadinhos de mim, que desapareceram. Ou se transformaram noutra coisa.
É como se, ao tocar a parede daquela casa onde morei, pudesse recuperar aquele momento, aquela experiência, aquele mesmo sentimento, em que tinha 5 anos, ou 13 ou 30...